tag:blogger.com,1999:blog-68358328366129057512024-03-13T06:09:51.619-07:00Como nossos pais.Sentimentos que afloram na pele.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.comBlogger66125tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-46858363081644953492011-05-30T19:26:00.001-07:002011-05-30T19:30:01.121-07:00"dele sequer..."agora compreendi uma porção de coisas. <br />
agora entendi que em todas elas me faltava o que hoje me sobra.<br />
não sei o porquê de parar pra pensar no presente, se há um futuro no meu passado.<br />
é preciso me preocupar. <br />
gostaria de poder descansar minhas memórias vivas, e de suportar a paz delas que eu nunca tive, para nelas eu poder me deleitar.<br />
choro o leite derramado, porque dele sequer provei uma gota.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-48338286887185223302011-03-25T23:38:00.001-07:002011-03-25T23:38:00.181-07:00Que calor que você me dá.Meio precipitado, mas corajoso.<br />
Meio, "meio", mas veja como um todo.<br />
E se nada o satisfizer, ainda resta eu.<br />
Mas como eu sei que você nunca foi de restos...<br />
Resta-me nada. Minto! <br />
...Resta-me você, de quatro, em minhas linhas, em meus poemas.<br />
Com elas (minhas linhas), e com eles (meus poemas), eu te sinto.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-30300401855660385372011-03-01T23:27:00.000-08:002011-03-01T23:43:54.633-08:00Túmulo do José.Fui chantagiado pelo ódio, odiei. Fiquei desmemoriado, castigo, porque amei. Assustado, por fim, suspirei. Atorduado então, pelos seus gritos, fiquei. Você não podia ter me largado. Fui encontrado um tempo depois, primeiro sem fé, sempre nu, e sim, torturado. Enfim, morto e enterrado.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-52438743972460423202011-03-01T21:37:00.001-08:002011-03-01T22:43:12.307-08:00Violinos da despedidaVocê me renuncia, e eu vejo como um ato libertário<br />
<br />
Talvez fosse mesmo a hora de resgatar o que nos resta de dignidade, de sobriedade<br />
<br />
Para que possamos seguir seguros, em pé, mesmo um sem o outro, mesmo sem depósitos de amor, feitos com amor, num passado nem tão longíquo assim<br />
<br />
Você conheceu minha fragilidade, você conheceu meu íntimo, você sentiu meus lábios carnudos nos seus miúdos, meu calor, meu cheiro, meu corpo afobado, desingonçado, desmontando o seu por cima do meu, desejando ser desejado. Eu te levei ao meu particular, e nós sabíamos exatamente o que fazer quando estávamos a sós<br />
<br />
Você leu meus versos para o seu amor, e mesmo assim quis ser meu amor. Hoje, talvez, eu não duvide tanto disso<br />
<br />
É bom que nos distanciemos agora, para causar dores suportáveis<br />
<br />
Eu lembro que você me acarinhava com abraços longos e íntegros, como poucas pessoas sabiam fazer, e por isso demorou para que, só agora, eu pudesse aceitar a nossa indiferença<br />
<br />
Nossa embriaguez foi nossa heroína, nos permitiu prolongar o que havia de ser propositadamente prolongado pelo destino, que não foi muito nosso amigo, covenhamos... Foi um milagre o nosso amor. Empatia feroz. É triste não conseguirmos mais a profundidade que tínhamos. Tínhamos a nudez no olhar, com feições de ternura que esquentava nossos corações - assim como quando toma-se um chá quando muito quente -, e nos protegia do medo, que presenciou toda a nossa entrega.<br />
<br />
Sinto que tudo foi muito intenso, fugáz, verdadeiro enquanto havia reciprocidade, e eu acho que é isso que deve permanecer em nossas considerações.<br />
<br />
Contudo, não deu nem pra perceber quando foi o momento em que realmente nos deixamos<br />
<br />
Não vejo o porquê lhe odiar, já conversamos sobre isso<br />
<br />
"Nós nos amamos ainda, eu sei. A gente só não se quer mais."<br />
<br />
<br />
<br />
Um beijo eterno, e puro, do que foi seu amigo, seu parceiro, seu.<br />
(Bad Girl - Madonna)Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-80252445442489133342011-02-26T02:50:00.001-08:002011-02-26T02:50:33.708-08:00Aqui eu me permito ser brega.Ah, o amor. Tão raro de percebê-lo e tão rasgante na hora que vai embora. Quando você se prepara para renunciá-lo algo acontece e você logo esquece o que lhe pertubara. Talvez não fosse tão importante. O amor sim, que é importante. Tanto o é, que perde a graça quando se vive sem ele, às vezes tenho a nítida impressão de que não se vive, quando ele ausente. Algumas pessoas tem o dom de evitá-lo como quase se ele não existice. Outras, morrem à cada dia um pouco por tanto amarem e não serem amadas. Às vezes, também, me pergunto como pode alguém não desejar carinho da fonte mais pioneira e necessária, pra que você possa sentir com todos o sentidos o que você possui e desconhece, por nunca sofrer de saudade, sofrer de solidão, até sofrer à toa. É bom. É como se você aprendesse que nenhum ser vivo vive só. Eu sei que ele é antigo e por isso tão brega de escrevê-lo, ou então, tão cafona na hora de expressá-lo. Mas fazer o quê? Todos sabemos como fazê-lo sem ninguém ter-nos ensinado. Claro, os livros, os filmes... Mas cá pra nós, todos nós que já amamos pelo menos for once, sabemos que não se compara a nossa estória com a de estranhos.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-34881324085339544212011-01-11T07:24:00.000-08:002011-01-11T07:29:54.264-08:00Liberdade homossexual."- Não vou chamá-lo pra festa de família, sinto vergonha, ele é gay". (em casa); " -VIADO, - BOIOLA, - VIADINHO, - AFEMINADO, - MOCINHA". (na rua); "Um casal de homossexuais não podem se casar". (na cidadania); "- Não quero seu amigo baitola aqui dentro de casa, ouviu?" (na sociedade).<br />
<br />
Frustrada ficará a pessoa que me chamar de gay numa tentativa pretensiosa de me ofender. Pra mim, ser gay e assumir isso é motivo de orgulho. Orgulho de poder ser como sou, e mesmo assim, manter minha dignidade e meu caráter intocáveis. Sem precisar invadir e desrespeitar a liberdade dos outros, ou de alguma forma tentar e conseguir reprimir alguém por ter escolhas diferentes, e por isso, ser diferente de mim. Orgulho sim, à dispeito de muitas pessoas que se escondem num esteriótipo bem aceito, ou então, num comportamento padronizado bem visto pela sociedade.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-69259130690600873022010-12-24T11:44:00.000-08:002011-03-01T22:10:07.364-08:00PeleDois corpos nus estrelaçados. Pele por pele com toques detalhados.<br />
Fazem a cabeça rodar, e sua vergonha se levantar.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-84758420727724069722010-12-05T19:54:00.000-08:002010-12-13T15:30:48.131-08:00Tom revoltado.Viver é momentânio. É um suspiro. É frágil. Vulnerável. <br />
Respiro agora, mais tarde, nao sei. Ouço, de leve, meu coração pulsar. Um pouco apressado, é verdade, não minto. Ele tem medo de ter que parar. Eu que tenho medo que ele descanse.<br />
A morte revolta, fere, adoece vivos. Atormenta a mente que ainda pensa, que ainda vive. Se as lembranças, se as memórias existissem... Eu seria mais feliz? Menos infeliz? <br />
Justiça existe? E se existir, será que ela é justa?<br />
Eu estou fervendo, ardendo, queimando, amando... Latejando, inibindo, sentindo, chamando, chorando... Questionando, respondendo, o quê?<br />
Aliviar, despertar, desesperar-se, encontrar-se, sentir-se, admitir-se... Coragem, impaciência, burrice e dor, é do que é feito o amor.<br />
Viver sem amor é inteligência, ou covardia? Independe?<br />
É uma grande inverdade quem diz ser aprendiz. Afinal a grande desculpa para os erros repetitivos é sermos humanos. Ser humano é nunca aprender, é conviver e perceber os erros que existem na programação humanística. É só o que podemos aprender. Percebê-los, nunca evitá-los.<br />
Reflito aflito, se devo ouvir o instinto. Ou seguir a razão. Minto! Nunca sigo a razão. Não sei de onde ela vem. O instinto vem de mim, e ela? De quem é, quem criou, quem a ouviu... E se ouviu, sobreviveu? Ninguém sabe, ninguém viu.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-80477378884764777762010-11-27T20:02:00.000-08:002010-11-27T20:25:37.381-08:00Inimigo imprevisível.Às vezes eu tenho medo de acreditar que eu posso morrer prematuramente. E deixar que as coisas sigam assim... Caminhando sem mim. Tenho medo de dissecar todas as minhas agonias e acabar acordando monstros, que durante anos, estiveram no esquecimento. Eu deveria me proteger mais. Permitir-me o egoísmo, como essência. Não me deixar atingir por qualquer sopro de consciência. Mas parece que eu gosto de ir além. Parece que eu admito prazer em sentir dor, apego naquilo tudo que possui sensibilidade de me tocar sem de fato me provocar. A pele queima, a aflição contrai os músculos, e a dor cessa por um curto instante, e logo volta. O ritmo presente nela cria sons, de tons "agudos" de solidão, e "graves" de depressão. Acho que viver flutuando sobre os acontecimentos limita sua capacidade de evoluir, talvez até, de ser mutável, de ser um humano diferente a cada temperatura caótica que seu corpo absorve sem a habilidade de seus rins. Ser abstenho de inconstância é como se fosse um castigo num nível de demérito. Tanto falam de equilíbrio, e eu nunca sequer soube o que é respirar calmaria. Queria poder invadir minha mente e entender o objetivo do despudorado levianismo conceitual. Meus diálogos internos carecem de estofo, parecem réplicas infinitas. Fazem-me sentir necessidade de vomitar, assim, como algo que por muito tempo ficou reprimido e quer sair pela primeira portar que encontrar. Viver faz de mim uma pessoa retórica.<br />
Hibernei em mim. Perdi-me aqui dentro e, agora, não sei como sair.<br />
A invisibilidade tem seu preço: Ninguém irá perceber seu pedido de socorro, quando o fizer.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-34785940886203122992010-09-09T08:51:00.000-07:002010-09-09T09:01:55.652-07:00Neuróses.Eu deduzo que a lógica é o caminho. Pra onde, eu não sei, o caminho não é definido por impulsos, pelo imediato, pela dedução. Seguir é a última alternativa dos fracassados nas relações. E eu me sinto um fracassado. Tenho certeza que esse não será a soma de alguns lamentos do passado, que me assombram de vez em quando, que me pegam desprevinido quase sempre. Falar do que é triste, pra mim, se tranformou numa rotina intercalada de oscilações de raiva, de amor, de saudade, de ternura, de fracasso, de esperança, de mágoa, de palidez nas minhas emoções, de frio, de raros momentos de euforia, que acredito eu, seja o que me faz ficar de pé ainda, e às vezes de cabeça erguida. Pois nunca fui bom em esconder as coisas que me atormentam aqui dentro. Mas para externa-las eu preciso de espaço, de liberdade. Muitas vezes eu não encontro esse espaço e me frustro, e recorro à solidão que sempre está de braços abertos me esperando, e dando a sua casa como um refúgio para eu poder me aliviar de minhas derrotas salgadas e úmidas. As pessoas erradas estão sempre mais visíveis. E eu tenho pressa. Pressa de ser alguém para outro alguém. Eu sei, eu sei... É uma busca atorduada e sem fins nobres. Mas o que é significante? Nunca há tempo suficiente para nada. E se eu ficar gastanto o tempo como um insano que acredita que o sol nasce para ele, eu me transformarei em um rascunho afirmativo para sempre.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-60253100121855192382010-08-15T19:16:00.001-07:002010-12-05T19:58:34.855-08:00Você, o que é?E a vida vai se arrastando, como blocos de folhas em branco a serem preenchidas. Mas nada acontece. Simplesmente nada. E o inconformismo se eleva a cada momento tedioso, no qual você se permitiu ficar. E a dor que doía, não dói mais. Você se pergunta: O que você tem agora? E você diz: Não tenho nada, nada, é o que eu tenho agora. E tudo permanece do jeito que está, porque você já não sabe como ser diferente. E eu sei que nada vai mudar. E eu sei que nada vai continuar sendo nada. E eu sei que continuarei não sabendo. E que se eu tivesse sorte, teria azar para poder culpá-lo do efeito que a causa não surte mais. E que esse tom melancólico antes trêmulo, agora, é furioso. De cara limpa, ou de cara suja, sua alma ainda é triste e transcende mesmo você não querendo, ou você sorrindo. Ou você se agoniado, ou você encarecidamente calmo. Ou só você, ou você só. A vida não te da mais, ou os mesmos motivos de atenuar sua covardia, e você fica assim, cada vez mais covarde e mais sóbrio, no seu interior, e na sua essência bamba, que samba, em notas agudas de tensão intencionadas e multifacetadas. O que te causa espanto, é o que te causa medo? O que te causa o caos te causa furor? Afinal, o que sai de bonito dentro de você, é o que causa a sua aparência feia? Você é uma incógnita, ou um interrogador qualquer? Você é definível? Você é definitivo para si próprio? Você é transgressor dos limites alheios ou dos seus próprios limites? Você, o que é?Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-40574973463272371802010-08-12T23:55:00.001-07:002010-08-12T23:55:47.694-07:00Morra e viva de amor, e por amor.Pranto livre Chora, desabafa seu peito, Chora, você tem o direito. Se tratando de amor, Qualquer um pode chorar. Não se envergonhe do pranto, que é Privilégio de quem sabe amar. Quem não teve amor nunca sofreu, E desconhece o que é agonia. Abra o peito e deixe o pranto livre como eu. Ah, desabafe a melancolia. (Dida / Everaldo da Viola)Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-5417356455828847452010-07-31T22:30:00.000-07:002010-07-31T22:30:07.429-07:00É só."Vou carregar de tudo vida afora<br />
Marcas de amor, de luto e espora<br />
Deixo alegria e dor ao ir embora"<br />
<br />
Angela Ro RoBriel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-45001513967622779312010-07-16T07:52:00.000-07:002010-07-16T07:52:55.443-07:00HeyWhy are you crying now? Explain yourself! And when you get the answer, do not cry anymore. Life does not care for you, people do not, then not even care for them too. Just live!Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-33866503141913526672010-07-13T12:06:00.000-07:002011-03-01T22:14:55.780-08:00Perdão.Um beijo molhado, arrepiado de ternura.<br />
Uma chuva molhando minha pele quente de delírios.<br />
Um telhado quente para eu me encostar, e observar a lua me observando.<br />
Uma mão alisando meu ego ferido de um amor reprimido.<br />
Um sonho bom, sem nuvens tempestuosas de solidão.<br />
Uma tarde fresca com ventos esperançosos para achar seus caminhos.<br />
Um suspiro úmido no meu ouvido torturado de amarguras.<br />
Uma linha torta, um destino, uma aventura, um risco.<br />
Um calor suado de desencargo de consciência.<br />
Uma dor...<br />
Um carinho em minha cabeça cansada de pensar. De se martirizar. De se culpar.<br />
Uma vida...<br />
Um defeito a ser corrigido, a ser perdido.<br />
Uma palavra...<br />
Um consolo que console o consolo que é ser consolado.<br />
Uma dúvida...<br />
Um desespero passional, ás vezes alivia, ás vezes não.<br />
Escolhi não perdoar e não fui perdoado.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-72938400555940320722010-07-12T09:01:00.000-07:002010-07-13T16:06:56.557-07:00AquárioFazem dez décadas. <br />
Dez décadas imerso num aquário pequeno e escuro.<br />
Ainda asfixiando lembranças manchadas cada vez mais amareladas pelo tempo desgastado, e assim rebobinadas pela minha mente já cansada, com apego em dor repetida e desbotada.<br />
As horas parecem se alargar. <br />
E eu continuo a imergir...<br />
Agora meu reflexo é negro.<br />
Agora ceguei-me.<br />
Agora perdi o olfato e o tato.<br />
Agora já não escuto minha ofegante respiração. <br />
Por fim... Desistência de minha existência.<br />
<br />
Obtuário:...Morreu de propósito.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-80746559579535763482010-07-02T02:39:00.000-07:002010-07-02T20:07:53.825-07:00Inspiração Matinal.Quando a fumaça do meu cigarro começa à brincar de dar piruetas na neblina - gelada, de cor pálida, e de gosto úmido - eu percebo que o inverno chegou. <br />
<br />
Quando os pelos dos meus braços, pernas, quiçá de minha alma se levantam, eu sinto que o inverno chegou.<br />
<br />
Quando meu corpo se torna fisicamente involuntário, de tremulações, que mais parecem terremotos, eu vejo que o inverno chegou.<br />
<br />
Que seja bem vindo você, Inverno.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-35923292281735174412010-06-15T02:11:00.000-07:002010-07-13T06:55:29.624-07:00Solidão.Há tempos, sinto minha falta. E com essa distância, cada vez maior, sei que uma mudança interna, é construida, pouco a pouco, sem mim. É inevitável. É inconsciente. Assim como o tempo, que é pura ilusão, uma mentira irrevogável, <br />
uma contradição de tradições. O tempo nunca existiu. Então, eu sempre o vivi sem saber?<br />
Ninguém lhe ensina como ser você. E isso é como uma grande linha tênue, influenciável, a cada sopro. Sendo que você, por você mesmo, é a única explicação para sua existência, a única verdade intocável. Quando você se perde de si mesmo, é uma dor infinita. É demais. É como se a alma se separasse de sua carcaça limitada, e experimentasse voar, por um breve instante, a troco de silêncio, de recolhimento, de saúde, a troco do que não é mesquinho, fazendo com que não caiba mais em seu obsoleto nicho, ao voltar. É uma dor irremediável, da qual se vira escravo. Da qual se perde o senso.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-45473008670665194062010-05-20T03:44:00.000-07:002010-07-13T06:56:03.422-07:00Apaixonado pela "Consciência"- Olá, querido. Estava com saudade?<br />
- Eu estava pensando, agora ha pouco, e me toquei que você sumiu dos meus pensamentos. Sumiu, simplesmente. Mas isso acontecia, e você logo voltava. Mas agora, foi diferente. Eu sei que foi! Você não voltou. Você se foi de vez. E eu cansei de esperar você voltar!<br />
- Mas eu não voltei? Estou aqui, oras...<br />
- É diferente. Você só volta quando quer. Não me escutou chamar por você? Aposto que escutou. Isso não se faz! Isso não se faz!<br />
- Ora, querido. Por que achas que devo voltar apenas quando me chamas?<br />
- Senti sua falta. Aliás, senti muito sua falta. Queria ter lhe contado como foi ter passado um dia sem você. (a bagunça que foi) Mas, o segundo dia chegou, e o terceiro, e o quarto, e eu já nem sabia mais como eu iria contar, ter ficado tantos dias longe de sua voz.<br />
- O rapazinho não deveria reclamar tanto.<br />
- Eu sei! Eu sei. Mas não suporto a idéia de ficar tanto tempo longe de sua voz. Me desculpe se fui impertinente.<br />
- O que significa "saudade" para você?<br />
- Significa um sentimento imaturo, acertei?<br />
- Acertou! Mas não tente me impressionar, tampouco, adivinhar. Fale o que você sentiu, quando ficou tanto tempo longe de minha voz.<br />
- Ah! Eu senti, como se tivessem tirado a minha voluntariedade de sentir qualquer outra coisa, além da bendita da saudade. Eu não gosto da saudade, ela aperta o meu peito, faz doer, e depois arranca as lembranças, e deixa um vazio, tão profundo, que seria impossível medir, eu sei que seria. E por isso, um desespero desesperado me toma o juízo, e me faz perder o bom-senso, e assim, fico vulnerável a sentir raiva de quem me causou tanto sofrimento. Pois, sou passional. Não lido bem com a razão. A razão se não tiver cuidado, lhe afoga em mentiras. Que são confortáveis, e fáceis de nos fazer sentir compreendidos, e então assim, acomodados. Portanto, ser imaturo, é estar em busca da evolução, sempre! E tenho dito!<br />
- E tens dito? Tens dito o que? Não escutei, estive ocupada. Poderia repetir?<br />
- Puff! Você não me leva a sério mesmo, não é? <br />
- Claro que lhe levo a sério. Você, sem mim, eu não poderia nem imaginar como seria.<br />
- Eu praticamente vivo sem você!<br />
- Eu sei, rapazinho turrão.<br />
- Então, não me deixe mais. Pelo menos, não por muito tempo. Sou capaz de morrer sem você!<br />
- Não poderei aparecer sempre, apesar de você, precisar tanto de mim.<br />
- Por que não?<br />
- Porque não é sempre que você me quer. <br />
- Como assim, não entendi! <br />
- Eu faço de tudo para estar sempre com você. Às vezes, você me chama, mas nem sempre você realmente me quer.<br />
- Sentirei sua ausência. E você? Sentirá a minha?<br />
- Não.<br />
- Me enganei quanto a você?<br />
- Não, porque eu, sou você, faço parte de você. Sua consciência. Prazer, rapazinho.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-65920879435503563762010-03-21T16:39:00.000-07:002010-03-21T16:41:36.849-07:00Anyone "Qualquer um"Anyone who can touch you<br />
Can hurt you or heal u<br />
Anyone who can reach you<br />
Can love you or leave u<br />
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"Qualquer um que pode tocar em você<br />
Pode te machucar ou te curar<br />
Qualquer um que pode chegar até você<br />
Pode amar você ou deixá-lo"<br />
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- Natasha Bedingfield (I bruise easily).Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-25074150785980706012010-03-17T02:51:00.000-07:002010-07-13T06:57:58.527-07:00Triângulo indolenteConvivi comigo mesmo durante um bom tempo, ou tempo suficiente, ou até eu descobrir que o nome disso é solidão, e que ao contrário do que eu pensava, percebi que ela não me fazia bem. <br />
Outro dia em meio a essa inércia, eu me perguntei o porquê o "pra sempre" é o tempo que tinha que ser, e o porquê não poderia ser absolutamente "pra sempre".<br />
É triste pensar que os amigos da nossa juventude não serão os mesmos quando nós amadurecermos. Ou, então, que se por um azarado acaso conseguíssemos manter o sofrido contato com eles, a amizade será indiscutivelmente sem sabor, e por mais que a saudade doa, quando passar por nossos olhos a lembrança do que um dia foi despreocupado, fresco, sentiremos na goela o nó, da distância que nos impusemos.<br />
E como é amargo lidar com tudo isso, e como é autodestrutivo tentar nos resgatar individualmente, do abismo em que caímos, com pensamentos levianos, e tão assustadoramente condizentes com a nossa mediocridade humana. Porque é nela que nos sentiremos acolhidos, e tão estranhamente confortáveis, no final.<br />
Enfim, somos previsíveis, e por isso, inevitavelmente, tristes. <br />
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Obs.:Inspiração no filme "Três formas de amar".Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-63714827804336002582010-02-23T12:36:00.000-08:002010-02-23T18:54:20.681-08:00The end.Sinceramente? Eu não sinto mais o mínimo tesão pelas coisas fáceis, e de prazeres absurdos, mas momentânios, e sem preparo emocional nenhum. Eu acho que eu cresci demais, acho que, não pertenço mais à classe prematura, à classe de baixar a cabeça pra qualquer merda. Ou, gostem, ou não gostem de mim!Cansei de me anular, e assim me doer, por dores que não são minhas. Por momentos forçados pra instintular a paz, que eu não sinto... não... não. Chega! é o bastante! <br />
Nunca consegui manter um relacionamento sadio por muito tempo, e às vezes, até gostava disso, mas na maioria das vezes, não. Sabe por quê, não? Porque eu sempre soube que eles morreriam antes de acabar. <br />
Eu vou abdicar de todo o meu museu, e de todas as velharias que lá vivem, elas estão quase morrendo, e antes que eu acabe junto com elas, eu vou embora. Mas talvez eu volte, de vez em quando, pra visitar minhas nostalgias.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-64463530033956306972010-02-12T15:17:00.000-08:002010-02-19T11:15:17.109-08:00Insanem - me.Eu me envolvi na teia que eu criei, então me julgue, e me condene, porque eu não aguento mais fugir. Eu estou correndo à horas, de mim mesmo. Eu não aguento ver no espelho, a miséria que me tornei. A miséria me transformou em um rato, que rói e que corrói, cada sobra de sobras. Como dói ser isso!<br />
Então, eu digo. Não há final para um miserável, e sim, sua loucura refletida, em sua alma, com cicatrizes abertas, prontas para mais um colápso!Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-78218088433184028092010-01-26T21:20:00.000-08:002010-01-26T22:02:44.413-08:00Como você lê um texto, Gabriel?Eu faço assim, como eu gosto de ler em voz alta, e num tom teatral, se o texto está bem colocado, eu consigo me emocionar, se não, eu faço um esforço, pra me envaidecer, de que, eu sei chorar, sem algo me tocar... (manias de quem acha que é um ator, sabe?)<br />
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"- Em conversa com a Bá, sobre múltiplos assuntos, haha".Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6835832836612905751.post-32979472191268207032010-01-22T11:18:00.000-08:002010-01-23T16:59:15.534-08:00Ganhe, perdendo. Não entendeu?Eu tenho medo da eternidade. Do que fica eterno, e do que, com o tempo, a gente acaba esquecendo.<br />
A dor, definitivamente, é o melhor contra-remédio para a dor, ao mesmo tempo que abre feridas, cicatriza-as. Sem ela, o amor próprio que há em você não floresce. E todos sabemos que o ser humano não é nada sem amor próprio, não é?<br />
Ter classe, é muito mais do que ter respeito. É engolir sua razão em troca de saúde mental.<br />
Então, exercite. Porque o bom-senso não vem em troca de nada.Briel Lacierdahttp://www.blogger.com/profile/00551486831940343979noreply@blogger.com0