quinta-feira, 20 de maio de 2010

Apaixonado pela "Consciência"

- Olá, querido. Estava com saudade?
- Eu estava pensando, agora ha pouco, e me toquei que você sumiu dos meus pensamentos. Sumiu, simplesmente. Mas isso acontecia, e você logo voltava. Mas agora, foi diferente. Eu sei que foi! Você não voltou. Você se foi de vez. E eu cansei de esperar você voltar!
- Mas eu não voltei? Estou aqui, oras...
- É diferente. Você só volta quando quer. Não me escutou chamar por você? Aposto que escutou. Isso não se faz! Isso não se faz!
- Ora, querido. Por que achas que devo voltar apenas quando me chamas?
- Senti sua falta. Aliás, senti muito sua falta. Queria ter lhe contado como foi ter passado um dia sem você. (a bagunça que foi) Mas, o segundo dia chegou, e o terceiro, e o quarto, e eu já nem sabia mais como eu iria contar, ter ficado tantos dias longe de sua voz.
- O rapazinho não deveria reclamar tanto.
- Eu sei! Eu sei. Mas não suporto a idéia de ficar tanto tempo longe de sua voz. Me desculpe se fui impertinente.
- O que significa "saudade" para você?
- Significa um sentimento imaturo, acertei?
- Acertou! Mas não tente me impressionar, tampouco, adivinhar. Fale o que você sentiu, quando ficou tanto tempo longe de minha voz.
- Ah! Eu senti, como se tivessem tirado a minha voluntariedade de sentir qualquer outra coisa, além da bendita da saudade. Eu não gosto da saudade, ela aperta o meu peito, faz doer, e depois arranca as lembranças, e deixa um vazio, tão profundo, que seria impossível medir, eu sei que seria. E por isso, um desespero desesperado me toma o juízo, e me faz perder o bom-senso, e assim, fico vulnerável a sentir raiva de quem me causou tanto sofrimento. Pois, sou passional. Não lido bem com a razão. A razão se não tiver cuidado, lhe afoga em mentiras. Que são confortáveis, e fáceis de nos fazer sentir compreendidos, e então assim, acomodados. Portanto, ser imaturo, é estar em busca da evolução, sempre! E tenho dito!
- E tens dito? Tens dito o que? Não escutei, estive ocupada. Poderia repetir?
- Puff! Você não me leva a sério mesmo, não é?
- Claro que lhe levo a sério. Você, sem mim, eu não poderia nem imaginar como seria.
- Eu praticamente vivo sem você!
- Eu sei, rapazinho turrão.
- Então, não me deixe mais. Pelo menos, não por muito tempo. Sou capaz de morrer sem você!
- Não poderei aparecer sempre, apesar de você, precisar tanto de mim.
- Por que não?
- Porque não é sempre que você me quer.
- Como assim, não entendi!
- Eu faço de tudo para estar sempre com você. Às vezes, você me chama, mas nem sempre você realmente me quer.
- Sentirei sua ausência. E você? Sentirá a minha?
- Não.
- Me enganei quanto a você?
- Não, porque eu, sou você, faço parte de você. Sua consciência. Prazer, rapazinho.

Um comentário:

ivy disse...

I'll be there for you
These five words I swear to you