sábado, 31 de julho de 2010

É só.

"Vou carregar de tudo vida afora
Marcas de amor, de luto e espora
Deixo alegria e dor ao ir embora"

Angela Ro Ro

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Hey

Why are you crying now? Explain yourself! And when you get the answer, do not cry anymore. Life does not care for you, people do not, then not even care for them too. Just live!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Perdão.

Um beijo molhado, arrepiado de ternura.
Uma chuva molhando minha pele quente de delírios.
Um telhado quente para eu me encostar, e observar a lua me observando.
Uma mão alisando meu ego ferido de um amor reprimido.
Um sonho bom, sem nuvens tempestuosas de solidão.
Uma tarde fresca com ventos esperançosos para achar seus caminhos.
Um suspiro úmido no meu ouvido torturado de amarguras.
Uma linha torta, um destino, uma aventura, um risco.
Um calor suado de desencargo de consciência.
Uma dor...
Um carinho em minha cabeça cansada de pensar. De se martirizar. De se culpar.
Uma vida...
Um defeito a ser corrigido, a ser perdido.
Uma palavra...
Um consolo que console o consolo que é ser consolado.
Uma dúvida...
Um desespero passional, ás vezes alivia, ás vezes não.
Escolhi não perdoar e não fui perdoado.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Aquário

Fazem dez décadas.
Dez décadas imerso num aquário pequeno e escuro.
Ainda asfixiando lembranças manchadas cada vez mais amareladas pelo tempo desgastado, e assim rebobinadas pela minha mente já cansada, com apego em dor repetida e desbotada.
As horas parecem se alargar.
E eu continuo a imergir...
Agora meu reflexo é negro.
Agora ceguei-me.
Agora perdi o olfato e o tato.
Agora já não escuto minha ofegante respiração.
Por fim... Desistência de minha existência.

Obtuário:...Morreu de propósito.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Inspiração Matinal.

Quando a fumaça do meu cigarro começa à brincar de dar piruetas na neblina - gelada, de cor pálida, e de gosto úmido - eu percebo que o inverno chegou.

Quando os pelos dos meus braços, pernas, quiçá de minha alma se levantam, eu sinto que o inverno chegou.

Quando meu corpo se torna fisicamente involuntário, de tremulações, que mais parecem terremotos, eu vejo que o inverno chegou.

Que seja bem vindo você, Inverno.