domingo, 15 de agosto de 2010

Você, o que é?

E a vida vai se arrastando, como blocos de folhas em branco a serem preenchidas. Mas nada acontece. Simplesmente nada. E o inconformismo se eleva a cada momento tedioso, no qual você se permitiu ficar. E a dor que doía, não dói mais. Você se pergunta: O que você tem agora? E você diz: Não tenho nada, nada, é o que eu tenho agora. E tudo permanece do jeito que está, porque você já não sabe como ser diferente. E eu sei que nada vai mudar. E eu sei que nada vai continuar sendo nada. E eu sei que continuarei não sabendo. E que se eu tivesse sorte, teria azar para poder culpá-lo do efeito que a causa não surte mais. E que esse tom melancólico antes trêmulo, agora, é furioso. De cara limpa, ou de cara suja, sua alma ainda é triste e transcende mesmo você não querendo, ou você sorrindo. Ou você se agoniado, ou você encarecidamente calmo. Ou só você, ou você só. A vida não te da mais, ou os mesmos motivos de atenuar sua covardia, e você fica assim, cada vez mais covarde e mais sóbrio, no seu interior, e na sua essência bamba, que samba, em notas agudas de tensão intencionadas e multifacetadas. O que te causa espanto, é o que te causa medo? O que te causa o caos te causa furor? Afinal, o que sai de bonito dentro de você, é o que causa a sua aparência feia? Você é uma incógnita, ou um interrogador qualquer? Você é definível? Você é definitivo para si próprio? Você é transgressor dos limites alheios ou dos seus próprios limites? Você, o que é?

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Morra e viva de amor, e por amor.

Pranto livre Chora, desabafa seu peito, Chora, você tem o direito. Se tratando de amor, Qualquer um pode chorar. Não se envergonhe do pranto, que é Privilégio de quem sabe amar. Quem não teve amor nunca sofreu, E desconhece o que é agonia. Abra o peito e deixe o pranto livre como eu. Ah, desabafe a melancolia. (Dida / Everaldo da Viola)