Fazem dez décadas.
Dez décadas imerso num aquário pequeno e escuro.
Ainda asfixiando lembranças manchadas cada vez mais amareladas pelo tempo desgastado, e assim rebobinadas pela minha mente já cansada, com apego em dor repetida e desbotada.
As horas parecem se alargar.
E eu continuo a imergir...
Agora meu reflexo é negro.
Agora ceguei-me.
Agora perdi o olfato e o tato.
Agora já não escuto minha ofegante respiração.
Por fim... Desistência de minha existência.
Obtuário:...Morreu de propósito.
Um comentário:
Somos dois adolescente sombrios de dores passadas,meu amor.
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